Pense bem: quantos nomes e apelidos você conhece para a palavra “masturbação” — ou o ato de masturbar-se? Qualquer atividade que tenha tantos nomes e apelidos é, com certeza, largamente praticada. E há bons motivos para isso. Em primeiro lugar, esquece tudo o que já falaram de contra ao ato sexual solitário. Não tem contraindicação nenhuma. Ao contrário: essa forma de autoconhecimento e prazer e, hoje em dia, largamente estimulada — sem trocadilhos.
Mas a masturbação é talvez o tema mais íntimo do ser humano — e dificilmente as pessoas conversam sobre o assunto sem algum tipo de constrangimento. Trata-se da forma mais pessoal e íntima que os homens, e também as mulheres, têm consigo mesmo. E não poderia ser diferente: é um ato solitário por excelência. O teu prazer pessoa, indivisível e indiscutível, tem de ser preservado. Afinal, que outro prazer existe com características tão pessoais? Técnicas, horários, momentos, situações… são escolhas individuais — e ninguém merece dar palpite sobre a masturbação alheia.
Dito isto, não é de se espantar que, resgata do limbo da indecência, a masturbação virou moda. Mais especificamente, começa a ser pratica a dois como uma alternativa, pretensamente mais higiênica e segura, para o ato sexual. Casais eventuais optam por relações masturbatórias para não ultrapassar os limites da intimidade para a qual nenhum dos dois está disposto a invadir. Há prazer sem custos emocionais ou envolvimentos comprometedores.
Pode ser muito prático, mas é um meio termo que não cumpre nenhuma das duas finalidades originais do sexo ou da masturbação solitária. Ainda assim, vem satisfazendo cada vez mais os amantes do sexo. Sinal dos tempos.
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