4h45 da manhã. O celular está programado para tocar às 5h. Acordei 15 minutos antes. Tal situação me faz lembrar da infância, quando viajava com minha família de trem de Sampa para Campinas ou Ribeirão Preto. Naquela época, no comecinho dos anos 70, eu não pregava o olho na véspera da partida. Era pura ansiedade.
Na madrugada de terça, dia 3 de janeiro, voltei a ser criança e experimentei de novo aquela deliciosa sensação. Pulei da cama, botei as malas na moto, vesti jaqueta, luvas, botas, capacete e zarpei. Meu destino, como contado no primeiro post, é Montevidéu, no Uruguai. A viagem teve um pequeno atraso. Não deu pra sair de São Paulo no dia 2 de janeiro, como planejado. Imprevistos acontecem.
Encontrei os amigos de trip no posto de gasolina. 6h30 estávamos rodando. No primeiro dia sobra fôlego. Percorremos mais de 800 quilômetros. Chegamos em Lages (SC) às 20h.
O leitor imagina o meu estado físico depois de 14 horas em cima de uma moto? Esgotado, exaurido, morto? Nada disso. Eu estava inteiro. Viajaria mais uns 300 quilômetros facilmente.
É que o veículo ajudou. Quando propus ao diretor de redação testar a BMW GT 1600 numa jornada de mais de 5 mil quilômetros eu já sabia que a missão não seria impossível.
Bem, nos próximos posts vou escrever minhas impressões sobre a moto.
A mala
No post anterior prometi algumas dicas para montar uma mala útil e compacta. Lá vai… Para uma viagem de 13 dias separei 10 camisetas, quatro para usar à noite e seis de dry fit (aquelas que absorver o suor) para usar pilotondo, sob a jaqueta. Oito pares de meia, 10 cuecas, duas bermudas e uma calça jeans. Um par de chinelos e um par de tênis.
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