Uma pesquisa mundial, divulgada recentemente, revela que sexo é o assunto que mais ocupa o pensamento tanto de homens como de mulheres. A estimativa da pesquisa é de que um terço de todo o espaço em HD de todo o mundo está ocupado por fotos, vídeos e textos relacionados com a atividade sexual ou que a inspiram — erotismo, pornografia, sexo explícito, nudez e congêneres. Da Mongólia à Islândia, passando pelos desertos africanos, pela floresta amazônica e aglomerados urbanos da Europa, todo mundo só pensa “naquilo”. E não duvido que você esteja lendo esse texto porque também é um deles e foi atraído pelo título da matéria.
Mas o Conar, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, acha que devemos ser comedidos com propagandas que utilizam o erotismo para vender seus produtos. E, por esse motivo, fez restrições ao filme produzido para a cerveja Devassa, da Schincariol (veja o vídeo no final do texto).
O Conar foi criado no final da década de 1970 para evitar que o governo federal, nos anos da ditatura, instituísse censura prévia à publicidade. Não tem força de lei, ou seja, não pode punir, mas suas recomendações — de alteração ou suspensão dos filmes, por exemplo — são sempre obedecidas pelas agências ou empresas anunciantes.
Difícil é entender a restrição que o Conar fez ao filme da Devassa. Ainda que as cenas possam ser consideradas eróticas — para mim, são apenas sensuais — não parecem ser motivo de restrição, principalmente se levarmos em conta que os computadores da maioria da população está, noite e dia, turbinando acessos à internet com cenas, fatos e fotos, muito mais eróticos do que essa apimentada brincadeira de esguicho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário