Vida depois da morte ou morte depois da vida? Essa que parece ser apenas uma dúvida confusa, pode, na verdade, suscitar uma ampla gama de interesses, inclusive científicos. Tanto é assim que o filósofo John Martin Fischer, professor da Universidade da Califórnia em Riverside, acaba de receber uma verba recorde de 5 milhões de dólares para executar um projeto acadêmico sobre a imortalidade.
A definição é exagerada. Fischer, na verdade, vai documentar experiências próximas à morte e fenômenos semelhantes. “Vamos tentar entender se essas experiências oferecem uma visão plausível da vida após a morte ou se são apenas ilusões induzidas biologicamente”, explicou Fischer, garantindo que não gastará a verba em pesquisas exotéricas, como depoimentos de abdução por extraterrestres. “Vamos filtrar e classificar os depoimentos que podem conter informações, os que são apenas sem sentido e os que têm respaldo científico”, explicou ele. O principal motivo que levou Fischer a procurar essa área de estudo foi o fato de que a vida após a morte, ou apenas a morte após a vida, não tem sido contemplada com a atenção do universo científico — apenas filósofos e teólogos procuraram se aprofundar no assunto.
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