Nenhum carro tem a história do Porsche 911. Seu design é praticamente o mesmo há cinco décadas. O motor continua na traseira, e os faróis, redondos, iguaizinhos. Mas não se iluda. Por baixo das linhas nostálgicas se esconde um esportivo de última geração.
Giro a chave, à esquerda do volante, que está lá por herança das antigas provas de 24 Horas de Le Mans, em que os pilotos entravam no carro ligando o motor com a mão esquerda enquanto engatavam a primeira marcha com a direita. O 911 anda suavemente no modo Normal, mas basta apertar um botão para ele se transformar. O modo Sport endurece a suspensão e deixa as trocas de marcha mais rápidas. As atenções se voltam para o câmbio com dupla embreagem conhecido como PDK, sigla que poderia significar “a última maravilha da engenharia alemã”. As sete marchas são trocadas rapidamente, e o carro chega a 100 quilômetros por hora em 4,1 segundos.
“Mas o que faz esse modo Sport Plus?”, penso enquanto levo minha mão ao console central para acioná-lo. A resposta vem imediatamente: o ronco começa a ecoar dentro da cabine, transformando cada troca de marcha em um momento único. A suspensão fica ainda mais dura, sendo indicada apenas para andar nas pistas.
Quem controla o 911 é a tecnologia, sempre pronta para manter o carro na linha mesmo se o motorista exagerar. E olha que é fácil cair em tentação: os 400 cv levam o 911 aos 302 quilômetros por hora em poucos segundos. Só há dois grandes defeitos no novo 911: o preço de R$ 639 mil no cupê, que sobe para R$ 699 mil se a escolha for pelo modelo conversível. O segundo defeito? Ele não é meu
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AUDI R8
O superesportivo já desfila sua beleza pelas ruas há quase seis anos. A carroceria é feita totalmente de alumínio, e o estilo chama muito a atenção por onde passa. Na hora de acelerar, o motor V10 usado na Lamborghini Gallardo leva o R8 aos 100 quilômetros por hora em 3,9 segundos. Até os barbeiros de plantão podem dirigi-lo tranquilamente, pois a parafernália eletrônica trabalha junto com a tração integral para não deixar o R8 e seu dono passarem vergonha nas curvas. Com tantas qualidades (e um gordo contrato de publicidade), virou o carro do super-herói Tony Stark nos filmes Homem de Ferro. Precisa de mais?
MERCEDES-BENZ SLS AMG
Seu charme está nas portas “asa de gaivota”, com a abertura para cima, inspiradas no clássico 300 SL, de 1954. Outra referência ao passado surge principalmente no capô longo copiado do esportivo fabricado nos anos 1960. O toque de modernidade aparece no desempenho do motor 6.3 V8, sempre pronto para despejar os 571 cv no asfalto ao mínimo toque no acelerador. A marca dos 100 quilômetros por hora é atingida em menos de 4 segundos. E nem precisa se preocupar com segurança: freios ABS e oito airbags evitam o pior.
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