A Apple é aparentemente uma empresa fora do comum. Mas só aparentemente. A marca não só é um sucesso nos negócios, com seus gadgets imbatíveis, que chegam a determinar o comportamento de toda uma geração, como também passou a ser idolatrada, expandindo sua adoração muito além dos limites do consumo. Apple e Steve Jobs são ídolos, nomes próprios a quem se atribui a qualidade da transformação.
Mas, sob esse manto aparente de nobreza, encontra-se nada mais do que uma empresa. Cujo único objetivo é gerar lucros crescentes e aproveitar ao máximo as oportunidades do mercado, mesmo que elas não sejam genuinamente éticas.
É o caso da Apple. A empresa foi processada essa semana no Tribunal, em Nova York, por ter engendrado um cartel com editoras de livros eletrônicos — mais precisamente, cinco delas, entra as quais a Penguin e a MacMillan, gigantes do ramo. O esquema era combinar, entre eles, uma majoração dos preços dos livros mais vendidos. O esquema teria sido armado pelo próprio Steve Jobs, que reuniu as editoras para propor um aumento conjunto de 30% nas obras, e teria dito: “os consumidores pagarão um pouco mais, mas isso é o que querem de qualquer forma”. O cartel, segundo a denúncia da justiça americana fez com que os consumidores gastassem “pagar dezenas de milhões de dólares a mais” pelos livros eletrônicos.
Mas os fãs da Apple não precisam se preocupar: Jobs não está se revirando na sua tumba. Ele sabia muito bem onde pisava.
15 de abr. de 2012
O Cartel da Apple
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