E sai hoje a notícia de que Viktor Blom, o “Isildur1”, ganhou uma partida de US$ 1 milhão contra Isaac “philivey2694″ Haxton.
Os dois jogadores se enfrentavam, desde sábado, numa edição especial do SuperStars Showdon, um desafio no qual Blom encara outras estrelas do high stakes online no mano a mano. Normalmente, o jogo é fechado em 2 500 mãos, com cacifes de US$ 150 mil por cabeça.
Desta vez, no entanto, Blom e Haxton levaram US$ 500 mil cada um para a mesa – e o duelo só terminou quando um deles ficou com todo o dinheiro. O famoso freezeout, como os profissionais chamam esse tipo de disputa.
Blom mostrou, com essa nova vitória, porque é considerado por muitos o melhor jogador de heads up do mundo. Nas 14 edições do SuperStars Showdon, ele teve 11 vitórias e apenas três derrotas. Destas, uma foi de US$ 26 mil para o canadense Daniel Negreanu; só que antes ele ganhara US$ 150 mil do mesmo Negreanu. Nas outras duas ocasiões, Blom perdeu para Haxton e, juntas, elas deram um prejuízo de US$ 47 mil a ele. Uma quantia insignificante, de fato, perto dos US$ 500 mil que lucrou ontem.
Ainda assim, Blom, um sueco de 21 anos, acumula no PokerStars um saldo negativo de US$ 1,3 milhão, segundo dados do Poker Table Ratings.
Como um jogador de seu gabarito, talvez o homem mais talentoso que apareceu nos pôquer nos últimos tempos, pode estar num buraco de sete dígitos?
Ok, não é segredo que o jogo de Blom é extremamente volátil. Ele é agressivo, ele é solto – e ele aposta pesado. Blom esteve presente em todos os 10 maiores potes da história do pôquer online. Chegou a ganhar US$ 5 milhões em uma semana – e a perder tudo na semana seguinte. Ainda assim, espera-se que um gênio das cartas (não é exagero usar o adjetivo “gênio” em seu caso) esteja para frente no longo prazo.
Acontece que, no pôquer atual, em que diversas modalidades de jogo estão disponíveis na internet, você pode ser o tubarão numa – e o peixinho na outra.
É o caso de Blom. Em mesas de heads up, ele está com US$ 1,5 milhão de lucro. Já em partidas short handed, com seis jogadores à mesa, seu prejuízo bate nos US$ 3,5 milhões. Aquela mesma agressividade que enlouquece seus adversários no heads up faz dele, em mesas cheias, uma vítima fácil. O maior jogador brasileiro de high stakes, Gabriel Goffi, já afirmou que Bloom é “um sonho” nesse tipo de situação.
Das curvas da conta bancária de Blom, fica a lição: procure algo em que você é bom.
E, quando achar, fique lá. Porque seus adversários estarão torcendo para você sair.
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