Há aquelas subcelebridades que vivem para o Carnaval. Siliconadas, passam o ano torneando as pernas e retocando a marquinha do biquíni. Mas, graças aos céus, existe Sophie Charlotte. Esbelta e elegante, Sophie foi destaque do Salgueiro no Carnaval. Ela, que também aproveitou o desfile para gravar cenas da minissérie As Brasileiras, dirigida por Daniel Filho, estava fantasiada sem exageros para os padrões da Marquês de Sapucaí, acostumada com pinturas corporais e tapas-sexos minúsculos. A atriz da TV Globo mostrava seu corpo na dose certa: provocava, mas sem revelar o que se escondia por detrás da calcinha prateada. Quando perguntada se o namorado, o ator Malvino Salvador, havia visto (e aprovado) a fantasia, Sophie se recusou a comentar. Em clara prova de que o Carnaval não é feito para os romances estáveis, respondeu: “Hoje eu não vou falar de namoro”. Malvino ficou do lado de fora fotografando solitariamente a companheira, enquanto a galera da arquibancada ia à loucura cada vez que ela rebolava. Era Sophie, a musa da folia. | O fotógrafo francês Remi Ochlik se especializou na cobertura de conflitos. Aos 20 anos, saiu de Paris para cobrir a queda do presidente do Haiti Jean-Bertrand Aristide. Ochlik esteve na Guerra do Congo, em 2008, e nas revoluções tunisianas e egípcias do último ano. É dele uma famosa foto em que revolucionários líbios correm em uma estrada em chamas com um lança-míssil nas mãos. Trabalho que, este ano, ganhou o cobiçado World Press Photo. Suas fotos já foram publicadas no Le Monde, Paris Match, Time Magazine e The Wall Street Journal. Ochlik estava na Síria (apesar das recomendações contrárias) fotografando os abusos do governo de Bashar al-Assad, quando, nesta quarta-feira, 22, foi vítima de um ataque violento do exército local. Morreu, aos 28 anos, vítima de sua paixão pela notícia. “Aos 20 anos, não se tem vontade de morrer. Uma pessoa daria tudo para estar longe, muito longe, e não ter vindo nunca. Mas temos apenas uma necessidade, uma ideia fixa: voltar, sempre voltar. A guerra é pior que uma droga”. | Tiago Ciro Tadeu Faria, 29 anos, integrante da escola de samba Império de Casa Verde, de São Paulo, teve seus quinze minutos de fama, ao roubar e rasgar papéis que continham as notas que definiriam a campeã do Carnaval paulistano. Ao que tudo indica, segundo investigações, a ação foi premeditada juntamente com outros dois espertinhos que estavam querendo aparecer. O resultado não foi prejudicado, a Mocidade Alegre recebeu seu merecido título e logo ninguém vai se lembrar mais desse bom rapaz. Mas resta uma pergunta no ar: por que não se adota um sistema integrado on line para que os jurados atribuam notas às escolas de samba? O Carnaval, ainda que seja um espetáculo inigualável, insiste em manter certas tradições inexplicáveis que acabam dando margem a esse tipo de vandalismo. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário