O convívio entre a Polícia Militar e os estudantes da USP tem a clara vocação para encrencas. Desde que o governo do Estado de São Paulo autorizou, via convênio, a presença da polícia militar na universidade, no ano passado, qualquer incidente tem tendência explosiva. Nesse começo de semana, a Polícia Militar tentou desalojar alguns jovens que ocupavam um espaço estudantil conhecido como “DCE ocupado”. A Universidade alega que o espaço está em reforma. Mas as obras se arrastam desde 2006. Além do diretório central dos estudantes, funcionavam no local a farmácia universitária, uma lanchonete e uma livraria. Há cerca de um mês, o local começou a ser ocupado por punks do grupo Antifa (adversários dos skinheads ) – sem relação com o movimento estudantil. O local já havia sido ocupado em 2009, quando a reitoria afirmava que a reforma estava em fase de conclusão. Mas a PM não foi muito feliz nessa operação. Um dos policiais agrediu um estudante negro e foi acusado, não só de violência como, também, de racismo. A operação, filmada pelos próprios alunos, aparece em vídeo do Youtube. Diante disso, a PM reagiu prontamente em pronunciamento público, condenando a conduta dos policiais, afastando dois deles e prometendo sindicância de 60 dias para apurar os fatos.
Na USP, o ano promete.
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