27 de dez. de 2011

Disfunção erétil, um pesadelo desnecessário

A abordagem da disfunção erétil tem sido um obstáculo milenar na história do homo sapiens, tanto por parte do próprio interessado que passa uma média de 3,5 anos entre a queixa inicial e a procura por serviços médicos; quanto por parte dos próprios profissionais de saúde que dificilmente tem uma postura pró-ativa diante deste problema. Isto retarda muito o tratamento e piora a qualidade de vida de milhões de pessoas no mundo todo afetando negativamente o relacionamento interpessoal.

Na minha modesta opinião, a introdução do sildenafila (composto usado no Viagra) em 1998 veio revolucionar toda a maneira como o planeta lida com esta questão, trazendo a discussão a público de uma maneira mais clara e com maior poder de resolução, derrubando preconceitos e possibilitando por parte do homem e da sua parceira uma maior liberdade de ação.

Outra mudança importante foi o reconhecimento que a maioria dos homens afetados também tem uma causa orgânica e não mais apenas uma causa psicológica. Evidentemente, deve-se observar critérios como idade, doenças sistêmicas, fatores de risco, etc.

Hoje temos medicamentos potentes e igualmente eficientes com pequenas diferenças de atuação que podem ser utilizados praticamente por todos os pacientes, com exceção dos que usam medicamentos cardíacos.

O que é?

A disfunção erétil (DE) é definida como a incapacidade persistente de obter e/ou manter uma ereção suficiente para uma função sexual satisfatória. Num estudo realizado no Brasil no ano de 2.000, numa amostra de 1.286 homens com idade variando de 40 a 70 anos, a prevalência de DE foi de 48,8%. Em um outro estudo na América Latina inteira, foi reportada uma taxa global de 53,4% entre homens com mais de 40 anos. Em todos os estudos a DE é uma condição dependente da idade. O aumento da idade está fortemente relacionado com a maior prevalência e também com o grau de DE.

Quais são as doenças relacionadas?

A diabetes surge como uma das principais doenças associadas à Disfunção erétil, com uma prevalência entre 35% e 75%. Doença cardiovascular, hipertensão arterial e depressão tem relação significativa com DE. Apesar da correlação entre depressão e DE estar bem estabelecida, a relação causal entre ambas é algumas vezes imprecisa.

Outros fatores de risco incluem trauma, irradiação ou cirurgia na região pélvica, uso de medicamentos, insuficiência renal crônica, e hiperplasia benigna da próstata. Devem ser citadas também a insuficiência hepática, esclerose múltipla, doença de Alzheimer, distúrbios endocrinológicos, drogas, alcoolismo, tabagismo, obesidade, etc.

Num estudo brasileiro uma condição social ligada à DE é o desemprego.

Como tratar?

Vários estudos tem demonstrado a preferência dos pacientes com tratamentos orais, pois apresenta fácil administração, relativo baixo custo, boa eficiência e com mínimos efeitos colaterais. Um grande número de fármacos está disponível no mercado.

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